AMEIXAS D'E(stremoz)LVAS
Publicada por Elvascidade | | Posted On quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Do ponto de vista histórico, a Ameixa d´Elvas, conhecida na região como abrunho, terá tido origem em França. Inicialmente, era apenas plantada em pequenos quintais de casas de habitação. A sua expansão e cultura em pomares dá-se no início do séc. XX, já com plantas seleccionadas das variedades bem adaptadas, atendendo à reputação atingida, onde é, especialmente, apreciada em Inglaterra. A indústria da ameixa confitada teve o seu início em 1834 com José Guerra.
Foi premiada pela primeira vez com a medalha de cobre na Exposição de Paris de 1855, tendo recebido 203 prémios nacionais e internacionais ao longo de mais de 100 anos de existência e dos quais se destaca:-1896 – Medalha de Ouro no Concurso de Higiene e Alimentação da cidade de Bruxelas.-1904 – Medalha de Ouro na Exposição Universal da cidade de S- Luís nos EUA.-1907 e 1909 – Grande Prémio na Exposição Nacional de Trabalho da cidade de Paris.-1929 – Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Barcelona.
A Ameixa d’Elvas é um produto certificado com Denominação de Origem Protegida e como tal obriga a que a ameixa seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, as condições de produção, de condução dos pomares, de colheita dos frutos e de secagem ou de transformação e de acondicionamento do produto. A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor mencionando também a Denominação de Origem. A Ameixa d'Elvas deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
Localizada na Zona Industrial de Estremoz, a Confibor produz essencialmente o produto regional denominado Ameixa D’Elvas, com a marca Convento da Serra. A Confibor comercializa as Ameixas D’Elvas em calda, em frascos de 300 e 500g, ou escorridas em caixas de cartão e madeira nas versões 200g, 300g, 400g, 600g e 1 Kg, sendo toda a sua produção certificada pela respectiva entidade certificadora da Denominação de Origem.
Porquê?
Será que em Elvas não sabemos tirar total partido de uma marca mundialmente conhecida e que nos pertence?
Onde estão os agentes comerciais do nosso concelho capazes de produzir uma marca por si só já publicitada?
Se é viável a produção noutros sítios, porque não em Elvas?
Não será uma marca a reavivar e promover por parte da tão falada associação comercial que aì vem?
Uma nota final de apreço para a APPACDM de Elvas que continua a fabricar as tão célebres Ameixas d’Elvas na nossa cidade.
Foi curioso este seu post, sabe que muitas vezes o limite não é determinado por concelho mas sim por região. Temos outro caso parecido que tanto afecta Campo Maior como Elvas, isto falando das famosas azeitonas. Onde o aproveitamento poderia ser muito melhor, visto existir um potencial enorme.
Uma ameixa mais daqui a pouco...já ia :P
Cumprimentos
Em Elvas temos comerciantes muito bons, mas não temos muitos verdadeiros empresários elvenses.
Os poucos que haviam e investiram no fabrico da Ameixa de Elvas, do Cericaia, da Azeitona de Elvas, na transformação do tomate, e que deixaram a sua herança aos filhos, viram o resultado. Uns fecharam as fábricas, outros faliram, outros os filhos não quiseram o negócio, outros veem os filhos a gerir mal os negócios. É esta a realidade da indústria agro-alimentar elvense.
Se é assim, então porque não os de Borba, de Campo maior ou de outro lado aproveitarem aquilo que os que cá vivem não sabem aproveitar. Todos falam muito do vizinho...
A Confibor é uma empresa de fora? está na Zona Industrial de Estremoz? Se viesse instalar-se em Elvas passava a ter montes de defeitos com a má língua de certos politiqueiros que por cá existem. aqui há muito quem não faça nem queira deixar fazer.
O problema está na classe empresarial de Elvas. Que simplesmente não existe. Temos patrões a mais e empresários a menos.
Não inovam, não investem, não publicitam, resumindo não são dinâmicos. Abrem o seu estabelecimentozito (logo se julgam grandes empresários!) e quem quiser que vá lá comprar, porque promoção não existe. E profissionalismo nem vê-lo. Gestão? O que é isso perguntam eles?! Em Elvas gerir é gastar mais do que se pode, "chapa ganha, chapa gasta", ter mais do que se pode e aparentar o que não se é. E depois é aquilo que se vê, negócios a fecharem a torto e direito.
E depois não existe um cultura de uma marca "Elvas". Temos uma posição geográfica invejável, mas que ninguém sabe aproveitar. Pois enquanto se preocuparem mais com a vida do vizinho da porta ao lado, do que com a sua própria casa, Elvas não irá a lado algum. Continuará a definhar pela falta de visão do seu povo.
A Ameixa de Elvas é um excelente exemplo para ilustrar essa falta de visão. Mas já nem falo na agricultura, onde o caso é mais grave, quem viu Elvas e quem a vê...
Elvas, cidade de cultura forte.
Tem razão sim senhor, sabe: chama-se a isso, falta de empreendedorismo.
Um abraço.
Se em Estremoz se fabricam só mostra que é um produto que vende. Só resta saber porque em Elvas ninguém aproveita isso.
Ameixas, azeitonas, sericaia, rendas de papel... coisas que alguém um dia fez em Elvas e já ninguém faz (APPACDM uma excepção...).
Muito falta a esta cidade. Que nem aproveita o que tem de bom. Nem preserva os seus monumentos, nem tradições e produtos.