A Câmara Municipal de Elvas tomou conhecimento da proposta da Entidade Reguladora da Saúde, entregue ao Ministro da Saúde, para elaboração de nova Carta Hospitalar.

A maior preocupação prende-se com o fim previsto do Serviço de Cirurgia do Hospital de Santa Luzia. A concretizar-se este estudo encomendado pelo Governo, vão acabar as operações em Elvas.

Esta notícia causa a maior preocupação à Câmara Municipal de Elvas!

 Numa região transfronteiriça, servida pela auto-estrada que liga Lisboa a Madrid e com um potencial turístico de grande relevância, o fim do Serviço de Cirurgia no Hospital de Santa Luzia só pode ser encarado como um retrocesso enorme para o Concelho de Elvas.

No nosso hospital, trabalham centenas de pessoas, que são a base económica de centenas de famílias que injectam milhares de euros na economia local.

Por outro lado, a unidade hospitalar elvense tem-se vindo a revelar economicamente viável, de acordo com os dados mais recentes conhecidos sobre esta matéria.

Elvas, em termos de Saúde e em particular nos serviços prestados no Hospital de Santa Luzia, é um concelho atractivo em relação a toda a nossa região: Campo Maior, Monforte, Borba, Vila Viçosa e Alandroal, de forma mais numerosa, são municípios que fazem parte da área atractiva da nossa unidade hospitalar. Por isso, a situação do hospital de Elvas, para lá de ter uma incidência muito forte no nosso Concelho, reflecte-se também noutros municípios da nossa região.



A Câmara Municipal de Elvas manifesta, a toda a população do Concelho, a sua maior preocupação e um profundo desacordo pela decisão que se desenha por parte do Governo, neste caso concreto do Ministério da Saúde. Mais uma vez, são as zonas com menor população, mais distantes dos grandes centros e onde a percentagem da população idosa e carente economicamente é mais elevada a pagar os custos de uma política centralizadora e economicista.

Por todos os meios legais à sua disposição, a Câmara Municipal de Elvas manifesta-se disponível para desenvolver actividades que divulguem as nossas razões e provem a injustiça desta medida governamental.

Fonte:Elvas.com.pt