Uma petição online contra a construção da refinaria Balboa, projectada para a Estremadura espanhola, foi na semana passada lançada por associações ambientalistas de Portugal e Espanha para sensibilizar governantes e opinião pública para os impactos negativos da infra-estrutura.
A petição, que poderá ser subscrita aqui, é endereçada aos presidentes do Parlamento Europeu, da Assembleia da República Portuguesa e do Parlamento Espanhol, visando recolher assinaturas para sensibilizar aquelas instituições para que «impeçam a concretização da refinaria».

Estas associações argumentam que:

“Existe esperança de que os governos portuguêPETIÇÃO CONTRs e espanhol não deixem este projecto avançar e vão contra as expectativas de quem quer investir apenas a curto prazo, com prejuízos e a médio e a longo prazos para o Alentejo e a Estremadura».
A petição levanta várias questões, como o «porquê de uma refinaria no interior» de Espanha, a «200 quilómetros do mar», ou «porque se pretende apostar num recurso não renovável», e são apresentadas algumas das objecções das seis organizações contra a refinaria.
O projecto, alegam, «diminuirá a qualidade do ar devido à emissão de gases com efeito de estufa, causadores das alterações climáticas» e «afectará a qualidade da água» do rio Guadiana, sendo que um eventual derrame de hidrocarbonetos «poderá originar graves consequências no fornecimento de água à população».Impactos na agricultura, nomeadamente nos produtos biológicos, na paisagem e ecossistemas circundantes e no património histórico e cultural são outros dos argumentos dos ambientalistas.
Previsto «nascer» na província de Badajoz, na Estremadura, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal e a metade da distância da albufeira de Alqueva, o projecto é promovido pela Refineria Balboa, S.A., do grupo Alfonso Gallardo.

Fontes: Quercus, Diário IOL.