QUEM QUER CASA VAI ...

Publicada por Elvascidade | | Posted On terça-feira, 9 de março de 2010


Algumas acções de realojamento, feitas no decurso da semana passada pela Câmara Municipal de Elvas, foram motivo de alguma contestação por parte de alguns elementos da população do Concelho. Perante esta situação, a Câmara entende dever esclarecer esta situaçãoEm primeiro lugar, deve ser bem vincada a diferença entre arranjar uma solução de habitação e outra é a erradicação das barracas existentes na Cidade. Ou seja:


- temos conhecimento que muitas famílias vivem em locais com poucas condições de habitabilidade e desejam poder melhorar as suas condições de vida; é uma situação que a Câmara Municipal conhece e tem vindo a desenvolver esforços para melhorar, como são exemplos os 102 e os 30 fogos no Bairro da Boa-Fé, onde foram realojadas 132 famílias a viver em casas degradadas ;


- mas diante da existência de barracas, a posição camarária tem sido sempre a mesma, erradicar essas construções e realojar as pessoas em casas com um mínimo de dignidade.

Já em 2002, tinha havido uma situação de realojamento, quando cerca de 40 famílias que moravam em barracas nas encostas do Forte de Santa Luzia foram realojadas no Bairro das Pias.
Anteriormente, em 1997, a Câmara Municipal realojou as famílias nos 30 Fogos do Bairro da Boa-Fé, vindas de África, ao tempo a morar nas barracas da Estrada do Moinho de Vento.


No decurso da semana passada, foi dado mais um passo: oito barracas foram derrubadas, em Elvas entre as Fontainhas e a Zona Industrial, com realojamento de famílias em fogos do Bairro de São Pedro. Esta acção foi articulada com o proprietário do bairro: o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana tinha as casas entaipadas, deu autorização a que a Câmara realojasse as famílias vindas das barracas, apesar do estado precário dessas duas habitações, sem portas, janelas, electricidade e água.

Ao contrário do que foi posto a circular, eventualmente com intenção de distorcer a realidade, a Câmara não realojou estas pessoas “por terem posto a arder a barraca”; tanto assim que ardeu uma barraca, ficaram mais sete e a Câmara derrubou todas as barracas e realojou todas as famílias que lá viviam; não apenas a família da barraca que ardeu.

No final da semana passada, depois de terem acontecido derrocadas na Rua dos Cavaleiros, em Elvas, numa habitação propriedade do Estado, os residentes que ficaram sem tecto também foram realojados: seis famílias instaladas em casas do Ministério da Defesa Nacional e da Câmara Municipal.


Por fim, a Câmara Municipal de Elvas esclarece que este plano de erradicação da existência de barracas não se compadece com construções do mesmo género que, no futuro, venham a ser edificadas. Para essas, a solução vai ser firme: o derrube desse tipo de construção tem de ser determinado com prontidão.

Fonte: Cm-elvas



De salientar que hoje mesmo na entrada para o bairro das pias estão cerca de meia dúzia de barracas “edificadas”.
Prepare então a Câmara Municipal mais umas quantas casas para o realojamento de esta gente.


Faz-me lembrar uma campanha publicitária de um banco que dizia, quem quer casa vai …. a Elvas!

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