OS PASSOS DA NOSSA CIDADE.

Publicada por Elvascidade | | Posted On quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


Percurso evocativo da caminhada de Jesus pelas ruas de Jerusalém, desde o Pretório de Pilatos até ao Calvário (já fora dos muros da cidade), a Via Sacra foi recriada nos mais variados locais, para recordar, a quem a percorresse, a Paixão de Cristo, observando a iconografia presente em cada uma das estações.
São cinco os passos que encontramos em Elvas, todos eles de planta quadrada, abobadados e protegidos por grades de ferro (colocados em substituição das portadas de madeira, em 1861), à excepção do quarto, mais destacado, talvez por ter sido deslocado do seu local original.
Passos da Via Sacra (cinco), também denominados «capela da Rua de Alcamim», «capela da Rua de Olivença», «capela do Largo da Misericórdia», «capela do Largo São João de Deus» (antigo Largo do Hospital Militar), primitivamente na Rua da Cadeia, e «capela da Rua de André Gonçalves» (antiga Rua do Juíz, ao Arco do Bispo).


Toda esta história e designação mais pormenorizada podem encontrar no site do IPAAR.

Foi com grande tristeza que no meu périplo pela cidade no último fim-de-semana constatei que se encontram cada vez mais degradados estes sítios emblemáticos da nossa cidade.
O que fazer com esta situação?
Bem sei que os passos são propriedade da Arquidiocese de Évora e “mantidos” pelo IPPAR.
Bem sei que pouco ou nada a Câmara Municipal poderá fazer acerca de este tema, pois segundo palavras do Presidente da edilidade elvense, já várias vezes tentou o contacto com as entidades reguladoras para que a própria Câmara se encarrega-se da conservação e restauro de ditos espaços e foi ameaçado que se toca-se neste imóvel, supostamente classificado de Interesse público, lhe seria aberto um processo crime.
Então que fazer?
Esperar que acabem por cair?
Ou de algum modo pressionar o Ministério da Cultura e seus pares para que esta situação se resolva?
Muito tem sido debatido este tema na blogosfera elvense, nomeadamente pelo caro Zé de Melo e pelo caro Jacinto César na sua Tasca. Este último conterrâneo refere e talvez com certa razão se não existe uma figura jurídica que se chama expropriação? E se a Câmara Municipal não o poderia fazer?

Algo tem de ser feito porque é lastimável o estado em que se encontra esta parte do nosso património.

Comments:

There are 11 comentários for OS PASSOS DA NOSSA CIDADE.