CIDADE DE ELVAS / ONDE VIVI E ONDE VIVO

Publicada por Elvascidade | | Posted On quinta-feira, 17 de janeiro de 2008


Orgulho-me de ter pertencido a uma geração de “ouro”, não será difícil calcular a “nossa” idade.
- A cidade onde vivi
Começo: Tempo de amizades reais, companheirismo, honestidade, tempos do Café Alentejo, do Café Roque, dos grupos musicais da nossa terra, dos quartéis, tempo da charanga militar aos domingos, do cinema S. Mateus, do cinema ao ar livre na esplanada “Pico”, dos convívios honestos, sem interesses, sem politicas e tempos de muitas coisas! Tudo isto se perdeu. Porquê?
Dirão uns: é a evolução, significado de mudanças.
Em troca o que temos ou que nos deram.
- A cidade onde vivo
Perdi amigos, vivo só! Nesta cidade com muitos conhecidos.
Todos me conhecem, mas não passa disso: “Bom dia”; “Boa tarde”; Até logo”. Temos uma cidade mais evoluída, mais bonita não direi!... Temos as entradas da cidade arranjadas, rotundas, lares, coliseus, a célebre rua da cadeia descaracterizada (a meu ver!), parques subterrâneos, um novo comércio morto, uma cidade nocturna sem movimento, sem discotecas ou divertimentos para jovens, temos droga com fartura, temos mais cultura, mais cresces, polidesportivos, honra seja feita à entidade que soube aproveitar os fundos, uns de fora outros nossos.
Não temos fábricas, não temos empregos para os jovens se fixarem na nossa terra. Perdemos maternidades, quartéis, e outros serviços!
Solução?! (Política).
Não vivo de saudosismo. É esta a cidade onde vivo e onde de certeza vou morrer.
Gostaria que houvesse uma reflexão da minha geração e das novas gerações e uma maior participação na vida activa da cidade para que não sejam só alguns a decidir o futuro de todos. Será que é esta cidade que queríamos ou que queremos deixar aos nossos filhos e netos?
Não estaremos ainda a tempo para pensarmos e reflectir? Eu nada fiz para que isto mudasse, mas todos poderemos mudar alguma coisa.
Como dizia alguém “ A democracia não é o melhor que há, só que por agora não temos outra coisa melhor”.
Um abraço a todos.

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